quinta-feira, 13 de abril de 2017

A vida é uma bosta mesmo, mas e daí?


Todo dia é a mesma coisa: a gente acorda cedo contra a própria vontade, pega ônibus lotado para o trabalho, passa metade do tempo acordado trabalhando em algo que não gostamos, somos assaltados, somos assediados (as mulheres, pelo menos), voltamos para casa em outro coletivo lotado, comemos as mesmas porcarias de sempre que prometem emagrecer em 30 dias e, no dia seguinte, se repete esse ciclo novamente. Tudo isso para ganharmos um salário miserável que mal dá para o básico. E com terceirizações sendo aprovadas juntamente com reformas da previdência que te obrigam a trabalhar o dobro do tempo necessário, aí é que a coisa fica ainda pior. Enfim, a nossa vida de cidadãos comuns é uma verdadeira bosta.

Mas aí eu pergunto: e daí que a vida é uma bosta? Vamos nos entregar à tristeza, à depressão, à agressividade e à infelicidade por isso? Claro que não!
A vida, por pior que seja, é a única chance que temos de sonhar, de abraçar as pessoas queridas, de visitar amigos que não vemos há tempos, de amar, de se apaixonar, de rir, de cantar, de fazer piadas, de admirar as belezas da natureza, de ouvir uma música que nos cause arrepios...

A beleza da vida está nas coisas mais simples, nos gestos mais simples. Eu sei que a vida é uma bosta, mas nem por isso vamos desistir da única chance que temos de perceber que, por incrível que pareça, os espinhos podem ter rosas.

Já os que querem realmente mudar de vida, é preciso continuar na luta, seja ela política ou social, mas não é porque estamos ocupados numa batalha contra o status quo que vamos deixar de enxergar as coisas belas  que a vida nos oferece.

Enfim, a vida é uma bosta. Mas não se esqueça que até mesmo a bosta mais fedorenta pode servir de adubo para alimentar novas vidas que crescem e florescem a cada amanhecer.

Namastê!

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