segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

A tecnologia tornar-nos-á imortais?



Todo mundo viu o desastre que foi o lançamento de Cyberpunk 2077 em dezembro de 2020. Mas apesar do jogo ter vindo incompleto, bugado e quebrado, seu enredo salvou o game da decepção total. A história do game envolvia um tal chip da imortalidade que guardava a mente (consciência) digitalizada do falecido roqueiro Johnny Silverhand. Essa ideia de imortalizar alguém usando a tecnologia de backup não é nova, mas isso só pode ser possível, de fato, se o universo onde vivemos for uma simulação computadorizada. Se vivemos numa simulação fechada de um supercomputador do futuro, então significa que tudo é matemático e programável; e se tudo é matemático, toda informação então pode ser traduzida em código binário, copiada e emulada. Daí que emular uma consciência nessas condições é teoricamente possível.

Nosso universo, se for realmente simulado, certamente se trata de um experimento virtual de civilizações avançadas de outras realidades ultradimensionais inacessíveis. Se não existir um limite de avanço tecnológico para essas civilizações avançadas, isso significa que absolutamente qualquer coisa é possível para elas a depender apenas da quantidade de energia disponível. Civilizações do tipo 4 e 5 na escala de Kardashev com energia ilimitada seriam capazes não apenas de imortalizar consciências, mas também recriar universos inteiros a nível quântico. O que as religiões chamam de "deuses" seriam, nessa hipótese, seres inimaginavelmente mais inteligentes do que nós. Esses seres seriam 100% máquinas ou inteligências artificiais pelo simples fato de que os robôs dão saltos evolutivos maiores por dobrar sua capacidade de processamento muito mais rápido que a vida orgânica poderia fazer e eles também se adaptam muito mais facilmente aos ambientes inóspitos. Portanto, uma civilização milhões de anos mais avançada que a nossa seria capaz de criar qualquer coisa que se possa imaginar em um hiperespaço simulado, incluindo aí universos inteiros em supercomputadores neuromórficos do futuro. 

O que todas essas abstrações significam é que é bastante provável que um dia a morte seja algo superável. Talvez, seja justamente a imortalidade que nos separe das civilizações alienígenas avançadas que possam existir por aí. Eu não sei de que maneira seria possível fazer um backup da nossa mente e nem como isso implicaria nas questões legais e filosóficas. O fato é que se tudo que chamamos de cosmo não passar de uma série de simulações dentro de outras simulações, nem precisaríamos fazer upload das nossas consciências, bastaria apenas esperar para que o próximo universo idêntico ao nosso fosse recriado em simulação. Assim nasceríamos eternamente em novas vidas nesses universos, como uma espécie de matrioska cósmica sem fim.

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