quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

O apressado come cru até na política

Quem corre, cansa. Que anda, alcança.

Uma das diferenças essenciais entre direita e esquerda política é a velocidade. A direita tem pressa, quer soluções imediatas, tais como: pena de morte; redução da maioridade penal; manter a população armada para se defender dos bandidos; força policial e repreensão para acabar com o tráfico, etc. Já a esquerda quer soluções mais lentas, de longo prazo: desarmamento para acabar com a violência; redução da criminalidade através da educação; liberação das drogas para acabar com o tráfico; defesa dos direitos humanos, etc. O problema da pressa é que ela traz soluções supercificiais: soluções essas que apenas mascaram os problemas e não os resolvem de fato. Como a maioria da elite econômica é de direita, ela financia revistas, jornais e políticos para que eles saiam propagando as ideias imediatistas por aí. Já a esquerda – formada majoritariamente pela elite intelectual – por ter mais conhecimento histórico e social, prefere soluções mais profundas, mas que demandam maior tempo. Tirando alguns programas assistencialistas, como o Bolsa Família, por exemplo, em todo o resto a esquerda prefere atacar a raiz do problema ao invés de apenas "cortar os galhos" – não se contentando, dessa forma, com resoluções desesperadas, emotivas e histéricas.
Eu, como bom progressista, concordo muito mais com as alternativas da esquerda pelo simples fato delas serem mais racionais. Não que as soluções da direita sejam burras, mas é que elas não são eficientes. Como já dizia o velho ditado: o apressado come cru, até na política.

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