sábado, 5 de novembro de 2016

O conto neoliberal é uma esquizofrenia para idiotas

O Damo de Ferro quer te convencer que o neoliberalismo é bom para o Brasil.

Nelson Rodrigues já dizia em uma das suas frases mais emblemáticas que os idiotas vão dominar o mundo. Não pela qualidade, mas pela quantidade. Eles são muitos. E não é para menos. O que temos no Brasil atual é uma nação idiotizada pela grande mídia corporativa que transformou a opinião sobre fatos e factoides em notícias oficiais. Isso se prova verdade quando percebemos que o grande fetiche que temos hoje no Brasil é combater o PT, a esquerda e o progressismo. Enquanto na internet temos sites e canais aos montes falando do grande perigo vermelho do "Foro de São Paulo" e do "comunismo petista", na realidade, a ameaça real que já está sendo colocada em prática se chama neoliberalismo.

Neoliberalices...

O neoliberalismo – endossado e glamorizado por uma ralé subintelectualizada de analfabetos políticos – nada mais é que a superconcentração da renda e do capital nas mãos de uma minoria muito rica. Também conhecido por defender a teoria do trickle-down (transferência de renda de cima para baixo), o neoliberalismo trabalha essencialmente com a ideia de que o rico ficando mais rico, o país inteiro deste rico também ficaria mais rico. Esse sistema foi desenvolvido a partir das teorias econômicas mirabolantes dos Chigago Boys, do Chile; da Escola de Chicago, de Friedman; e da Escola Austríaca, de Hayek. Ou seja, é um sistema que se utiliza da desculpa da austeridade para manter o ganho das elites financeiras. Nesse sistema, o trabalhador sempre sai perdendo com medidas de arrocho, de corte no orçamento público e de perdas de direitos trabalhistas. O que o neoliberalismo faz, na prática, é acentuar as desigualdades. A justificativa para aplicar essas medidas é sempre uma suposta crise causada por governos "populistas" e o resultado é sempre desastroso para os trabalhadores e para os mais pobres, como cansaram de provar Ronald Reagan e Margaret Thatcher.
Enquanto as pessoas estão distraídas com a espetacularização da Operação Lava-Jato (onde se arrumou culpados para a corrupção, mas não resolveu o problema da corrupção), o governo atual aproveita para impor medidas nefastas contra a população. Temos a PEC da morte, que congela os gastos públicos por 20 longos anos; a reforma da previdência, prejudicando quem dela depende; o arrocho salarial contra o trabalhador, reduzindo o poder de compra; as privatizações, numa forma de desmontar as nossas estatais; a reforma rocambolesca na educação e o slogan de fundo: "Não pense em crise, trabalhe". Ou seja: temos um país que produz ricos ao invés de produzir riquezas que caminha a passos largos para o abismo.


O sistema neoliberal governa em prol do sistema financeiro. O povo e o desenvolvimento nacional são deixados de lado nessa história. Entenda como "povo" todo mundo que não faz parte do governo e nem da elite plutocrata. Ao contrário do que muitos pensam, não se pode governar para o rentismo e para o desenvolvimento do país ao mesmo tempo. Ou uma coisa, ou outra. E esse corte em saúde e educação só vai servir para deixar as nossas crianças analfabetas, doentes, desdentadas e sem perspectiva de futuro. Porém, se escolhermos governar priorizando o povo e o país – além de não sacrificar a saúde e a educação – o dinheiro irá circular mais e melhor, aquecendo a economia e gerando mais trabalho, emprego e renda. Ao invés de ficar parado, rendendo juros criminosos nos cofres dos milionários, o dinheiro é utilizado para fazer o país crescer. Foi isso que Lula e Dilma fizeram e que fez o país se desenvolver. Atacar o modelo do PT é atacar essa forma de desenvolvimento que deu certo.


Daí eu pergunto: ora, se estamos em crise, então porque não cortam os benefícios e as mamatas dos parasitas estatais? Para que um deputado, um senador ou um membro do judiciário quer tanto dinheiro assim? Para que tanto luxo enquanto o povo fica na miséria? Por que não combatem a sonegação fiscal, que é uma das piores formas de corrupção? Por que não tributam os mais ricos de forma justa como fazem os países de primeiro mundo? Por que se dá prioridade ao rentismo ao invés do desenvolvimento da indústria, da tecnologia e da produção? Por que não baixam esses juros imorais da dívida pública?
Nessa brincadeira, o governo atual juntamente com a Lava-Jato e a crise vêm promovendo a quebradeira da indústria naval brasileira, do programa nuclear nacional e da indústria da construção civil.


Ao invés de se preocupar com coisas irreais como o comunismo, temos que nos preocupar com o que está, de fato, destruindo o país. Nem mesmo os militares durante a ditadura tiveram coragem de promover a destruição e a venda da nação como está sendo feito agora. Ao contrário do governo golpista do Sr. Michel Temer, os militares tinham um plano de desenvolvimento para o país. Os militares odiavam a esquerda e amavam o Brasil. Já o governo atual ama o rentismo e odeia o Brasil. Nessa brincadeira irresponsável, caminhamos a passos largos rumo a uma republiqueta ao nível de desenvolvimento do Congo e do Turcomenistão, saindo da lista dos países em desenvolvimento.
E quando a imprensa alternativa, progressista, crítica e nacionalista denuncia esses absurdos, a resposta do governo é, adivinhe só, fortalecer o cartel da grande mídia corporativa. Esse governo elitista e cleptocrata corta verbas dos blogs sujos e tenta censurar os sites estrangeiros para manter o oligopólio nacional da mídia impressa que defende toda essa patifaria que está sendo feita com o país. E a preocupação dos apedeutas e midiotas da internet brasileira é o PT (que, diga-se de passagem, já saiu do poder há algum tempo), a esquerda e o "comunismo". Essa esquizofrenia tresloucada da classe média em defender rentista, banqueiro e toda essa elite parasitária que fica cada vez mais rica sem trabalhar só piora a situação do país. Ou nos focamos nos problemas reais, ou ficaremos birutas como certos jornalistas que escrevem colunas em grandes jornais para combater os comunistas em pleno século XXI, como se estivéssemos nos anos 60 do século passado.
Neoliberal pobre e burro é um caso patológico de masoquismo: não seja mais um deles. O Brasil te agradece.

Dando aula para os neoliberais burros

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