sábado, 26 de novembro de 2016

O legado de FIdel Castro


Após 638 tentativas fracassadas de assassinato por parte do governo norte-americano, morreu, nesta sexta, dia 25 de novembro de 2016, aos 90 anos de idade e de causas naturais, o ex-presidente cubano Fidel Castro.
Líder da Revolução Cubana no final dos anos 50, Fidel foi mais que um revolucionário: foi um patriota com uma visão fraternal da humanidade. Ele teve a coragem de enfrentar a ditadura de Fulgencio Batista e de peitar o imperialismo dos EUA, mantendo a saúde e a educação de seu país como referência no mundo inteiro mesmo com o bloqueio econômico. Se duvida disso, olhe os indicadores sociais do país. Apesar de ser uma ilha pobre no meio do Caribe, a igualdade social, a mortalidade infantil, a expectativa de vida e a quantidade de centenários de Cuba conseguiram ter números melhores que os de vários países ricos e desenvolvidos.
Alguns definiam Fidel como um ditador autoritário, outros como um líder carismático. A verdade é que a história da América Latina do século XX não teria sido a mesma sem o líder cubano. A coragem, a ousadia e os ideais de Fidel serviram de inspiração para muitas pessoas no mundo inteiro. Por mais que a mídia burguesa e os reaças insistam em desqualificá-lo como sendo o "maior assassino das Américas" (Pinochet e Ustra mandaram lembrança), ninguém pode negar que o único país da América Latina onde os EUA não mandavam era justamente Cuba.
Porém, a morte de Fidel não foi uma morte ideológica e muito menos uma morte da esquerda, como alguns desnorteados andaram dizendo por aí. Castro e seus ideais sempre estarão vivos enquanto houver pessoas que não se calam diante das injustiças de um sistema que explora e desumaniza os trabalhadores em nome do lucro. Todos aqueles que acreditam em um mundo mais justo e menos desigual terão a coragem de Fidel como referência de que é possível adotar uma postura revolucionária para combater a opressão e a desigualdade. Dedicar a vida em prol do bem-estar da coletividade será sempre um gesto nobre e revolucionário em uma sociedade tomada pelo individualismo, pelo egoísmo e pela ganância.

Hasta siempre, comandante!







"Se querem saber quem foi Fidel Castro, observem hoje, no dia de sua morte, o caráter dos que lamentam, e o caráter dos que comemoram." - Eduardo Marinho

2 comentários:

  1. Na minha opinião, Cuba, com Fidel, foi um país de 2 faces. Parecido como o Brasil, só que ao invés de desigualdade social, nós vemos igualdade social e cerceamento dos direitos humanos andando juntos.

    Enfim, minha opinião. Pelo menos, não sou um desses que se rebaixa ao nível de comemorar a morte dele ou dizer que vai pro inferno(pra esse pessoal, uma dica: se alguém que você não gosta morre, não comemore. Apenas seja indiferente).

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    1. Como já dizia um meme que li no Face: "Não há fracasso maior do que vangloriar-se da morte daqueles que não puderam ser vencidos em vida". Também não acho respeitoso ou coerente comemorar a morte de quem quer que seja.

      Claro que Cuba não é uma maravilha, porque reprimiu muitas liberdades individuais e proibiu a religião no país. Mas se for comparar índices de desenvolvimento, Cuba supera a América Latina inteira.

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