quinta-feira, 15 de março de 2018

Quantos mais precisam morrer para que esta guerra acabe?


Ainda de luto devido à morte do astrofísico Stephen Hawking, hoje pela manhã fui surpreendido com a notícia de outra morte. A socióloga e vereadora pelo PSOL Marielle Franco foi assassinada por denunciar a violência policial contra os pobres e negros nas comunidades carentes do Rio de Janeiro. Foi uma execução brutal e covarde que mostra o simbolismo do ódio social que há contra mulheres negras que ousam ter voz e desafiar o poder. Marielle Franco foi um exemplo icônico de superação, de coragem e de luta que as mulheres guerreiras possuem no âmago de suas almas. A vereadora defendia minorias e denunciava as atrocidades dos órgãos de segurança do RJ que evidenciam cada vez mais a íntima relação que há entre o Estado e o crime organizado. Ela teve a audácia de se opor à ditadura fascista que é imposta contra os mais pobres – ditadura esta que a mídia burguesa não mostra, escondendo da classe média os horrores aos quais os mais pobres são submetidos diariamente.


Como disse Luis Felipe Miguel: "Quanto mais eles apelam para as tentativas de intimidação e para a violência, mais fica claro que eles têm medo: medo das vozes insubmissas, medo de quem não baixa a cabeça, medo da luta popular." O assassinato de Marielle foi um crime contra a democracia, contra a cidadania, contra os direitos humanos e contra o direito de sonharmos com um país menos injusto. Se os vermes que assassinaram Marielle acharam que iriam silenciar o seu grito de protesto, estão redondamente enganados. Agora somos todos milhões de Marielles denunciando o terror, a covardia e a brutalidade proveniente de um sistema corrupto e fascista.


3 comentários:

  1. Bem...
    Ontem foi a Marilene.
    Amanhã pode ser eu, você, o Bolsonaro, o Ciro, o MT ou qualquer um dos mais de 200 mi de pessoas que moram nessa latrina chamada "Brazil".
    Como diria o "velho deitado", a morte é a coisa mais democrática desse mundo. Mas aqui ela prefere mais algumas pessoas.

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  2. Não era ela que lutava pelo Estado? Morreu do proprio veneno

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    1. Não, não era ela não. Quem luta pela manutenção do Estado burguês e pela violência que o sustenta no poder são as oligarquias do sistema capitalista. Ela lutava pelas minorias, pelos mais pobres e pelos oprimidos.

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