quinta-feira, 10 de março de 2016

A extrema-direita cresce nas américas


Nenhuma pessoa minimamente coerente contesta o fato de que tanto no Brasil como nos EUA as forças reacionárias de extrema-direita estão ganhando cada vez mais força. Enquanto no Brasil temos o endeusamento de nomes fascistoides como o de Jair Bolsonaro e uma eleição expressiva da bancada BBB (Boi, Bala e Bíblia) para o legislativo, nos EUA temos o crescimento perigoso de um racismo nacionalista que se manifesta com o apoio preocupante ao republicano Donald Trump. O crescimento dessa extrema direita em pleno século 21 é algo que desafia a compreensão humana, mas que pode encontrar justificativas em três pontos. O primeiro foi a voz e os direitos que os grupos oprimidos ou tradicionalmente ligados à esquerda ganharam: direitos esses que passaram a incomodar o status quo. O segundo foi a ascensão da classe trabalhadora, que fez com que a classe média se sentisse ameaçada em sua arrogância elitista. O terceiro foi que ter um presidente negro nos EUA e outro operário no Brasil, este último seguido por uma mulher, foi uma afronta aos conservadores. O reacionarismo, o racismo, o machismo e a intolerância sempre existiram, mas agora eles perderam a vergonha na cara diante de todas essas provocações. O ambiente tornou-se propício para que nomes nazifascistas começassem a ganhar evidência nas Américas. No caso do Brasil é ainda mais grave, porque a grande mídia dá mais munição ainda na luta unilateral contra o PT – PT este que é visto como uma "ameaça esquerdista" para a massa reacionária da classe média – o que alimenta, assim, ainda mais esses monstros neofascistas. A burguesia assustada e indignada é o motor do fascismo. Isso tanto é verdade que esse furor reacionário só começou a se manifestar novamente depois que o PT chegou ao poder. Entre os governos de Sarney e FHC, os grupos neonazistas, neofascistas, reacionários e ultranacionalistas estavam muito quietos ou eram uma minoria desprezível. Já hoje...

Os ídolos da extrema-direita

Quando vejo a classe média e pequena burguesia se manifestar nas ruas supostamente contra a corrupção – já que ela é contra a corrupção do PT, mas vota no PSDB – eu me lembro daquela frase: "Quando o fascismo cresce, silenciar é ser cúmplice". Enquanto houver essa histeria paranoica e violenta para combater o Foro de São Paulo e dizer que há "Marxismo Cultural" nas escolas, essa onda pseudonacionalista não vai parar de crescer. Será que é isso que queremos para o nosso futuro? Será que é tão impossível assim viver em um país com menos desigualdade e preconceito?

4 comentários:

  1. Que texto retrógrado e atrasado. Se você quer uma explicação do porquê a direita cresce e a esquerda perde espaço, seu texto já é uma ótima resposta para isso. O pessoal da extrema esquerda, com texto e ideias com essa aí do seu post, mais parecem ter saído da década de 60 do que pessoas preparadas para entender o que está acontecendo.

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    1. Na verdade, a história é que está se repetindo, pois como já dizia uma tal de Marx: "A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa".

      Mas já que o senhor, caro Tolentino, é tão douto e escolado sobre o tema, que tal o senhor mesmo deixar aqui nos comentários a sua análise sobre a atual conjuntura geopolítica?

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  2. Wellington Fernando, prefiro acreditar no seu mau-caratismo que propriamente na sua ignorãncia ou ingenuidade. O liberalismo cresce justamente pelo fato de muitos estarem cansados de idéias retrógradas, argumentação débil e em total desconexão com a realidade. Muitos ainda são ignorantes, mas de forma geral até estes sentem na pele os estragos causados pelo populismo de esquerdopatas como voce. Muito em breve voces serão minoria no país...e para proteger o então mundo verdadeiramente livre e democrático espero que pessoas como voce sejam presas e que venham a ressarcir a sociedade com trabalhos forçados em suas respectivas unidades de reclusão.

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    1. Populismo de esquerdopatas? Você está redondamente enganado. O que tivemos durante os governos do PSDB e PT foi uma tentativa rocambolesca de conciliação de classes. Foi isso que não deu certo. Não precisamos de populismo, mas sim de investimento na produção, industrialização e em empregos.
      Sobre a intolerância da direita, você está sendo um ótimo exemplo dela. Desejar prisão para quem pensa diferente é de uma imaturidade e de um radicalismo político típico de quem ainda não tirou as fraldas intelectualmente falando. E ainda ousa chamar esse seu desejo ridículo de vingança de democracia? Por favor, abra a sua mente antes de abrir a sua boca.
      É por isso que eu sinto orgulho de ser de esquerda, porque estou do lado oposto de pessoas como você, que são intolerantes, vingativas, antidemoráticas, incapazes de pensar racionalmente e cheias de um ódio fascista desnecessário.

      Au revoir.

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