O isentão não passa de um covardão

Sabe essa turma do "não sou contra nem a favor, muito pelo contrário"? Pois eles são as criaturas mais covardes que existem. É impossível manter a neutralidade diante de certos temas, mas, mesmo assim, tem gente que fica em cima do muro fingindo imparcialidade para não desagradar a ninguém. Veja no caso da descriminalização do aborto, por exemplo, onde muito isentão por aí acaba dando opiniões ambíguas e sem conclusões para não perder inscritos no YouTube ou para não ter que estudar para fundamentar melhor a sua opinião. Mas o caso mais irritante de 'isentice' é o do centrista político. O cara que se declara de centro, na maioria das vezes, acaba aderindo ao senso comum, indo para o lado mais conveniente de acordo com a situação. É a famosa bosta n'água, porque boia para qualquer lado. E o pior tipo de isentão é o isentão fascistoide, porque ele pode dizer coisas que nem Bolsonaro tem coragem de dizer e ainda se declara de "centro". Fora que o "centro" é uma posição mais teórica do que prática. O centro, na prática, é muito nebuloso e cheio de pequenas contradições. No caso do Brasil pós-golpe, se declarar neutro ou de centro é praticamente assumir que é marionete da nossa imprensa podre que faz lavagem cerebral diariamente na cabeça do brasileiro médio. Afinal, para muita gente, a opinião da imprensa oligárquica é "neutra" e "imparcial".

Isentões e suas frases

Portanto, esse negócio de ser isentão é coisa de gente que não sabe o que quer e que não tem convicção de coisa alguma.